Emmanuel Mounier (1905-1950) e sua filha Anne

Espaço para difusão da filosofia personalista de Emmanuel Mounier e para ponderações de vários temas importantes, tendo como referência essa perspectiva filosófica.

terça-feira, 31 de março de 2015

SER PESSOA OU SUJEITO?




SER O QUE SOU OU SER O QUE SÃO?

SER PESSOA OU SUJEITO?

Na trajetória existencial vivenciamos bons e maus momentos. Quase sempre, os bons momentos, provocam em nós a sensação de que acertamos, que nossas escolhas, posturas e trajetória foram corretas. Os maus momentos, geralmente, provocam em nós a sensação contrária, de que nossas escolhas, posturas e trajetória foram equivocadas e infelizes. Diante desse entendimento, tendemos a menosprezar nossa postura, mesmo sendo ela pautada na ética, no amor ou no bom senso.
Observando as comuns práticas viciosas -, vingativas, egoísticas ou vaidosas -, em alguns momentos, diante da sensação de frustração, questionamos: minha postura, realmente, vale a pena; minhas práticas, realmente, devem ser perseguidas; devo SER O QUE SOU, ou devo adotar as posturas pragmáticas de autodefesa, ou seja, as comuns práticas viciosas -, vingativas, egoísticas ou vaidosas?
O pessoal questionamento pode ser seguido da seguinte indagação: o que é, intrinsecamente, ético: o dever, a saber, o que deve ser feito, ou, a autoproteção, com todos os seus recursos, como a vingança, o egoísmo e a vaidade?
Como seres humanos, somos inclinados a perseguir o conforto pessoal, mesmo que essa busca resulte em práticas vis. Porém, sendo a humanidade uma construção racional, e como tal, conectada às convenções civilizatórias como -, moralidade, direitos e deveres, responsabilidade, alteridade -, a Ética nunca deve ser desprezada em favorecimento aos nosso desejos, instintos e conveniências, assumidos e revelados em nossa obsessão por vingança, em nosso famigerado egoísmo e nas, multifacetadas, vaidades individuais.
Se a civilização humana é uma construção artificial, entre outras coisas, significando que o ideal humano distancia-se da assunção livre de posturas, meramente, instintivas -,  se faz pessoa aquele que não se entrega às inclinações naturais -, ou seja, o ideal humano está ligado a negação das tendências que, instintivamente, vocifera por nos dominar. Por outro lado, aquele que, quase sempre, instintivamente, se auto protege usando a agressão, e outros meio antiéticos para tal fim, distancia-se da vivência de pessoa, faz-se sujeito -; sujeita-se ao que está estabelecido -, diluindo-se na massa dos praticantes de previsibilidades, e como tais, de posturas previsíveis e costumeiras -. 
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Imagem: O CONTEMPLADOR, de Ivan Kramskoy



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Jean Lacroix, Emmanuel Mounier e Jean-Marie Domenach

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