Emmanuel Mounier (1905-1950) e sua filha Anne

Espaço para difusão da filosofia personalista de Emmanuel Mounier e para ponderações de vários temas importantes, tendo como referência essa perspectiva filosófica.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Landsberg, o personalista perseguido

LANDSBERG, O PERSONALISTA PERSEGUIDO

Paul-Louis Landsberg nasceu em Bonn, em 1901. Tendo concluído seus estudos, tornou-se professor de Filosofia na Universidade desta cidade. No entanto, devido à sua oposição ao nazismo fugiu da Alemanha um dia antes de Hitler chegar ao poder, em 1933. Entre 1934 e 1936 ocupou cargo docente em Madrid e Barcelona, onde o seu pensamento exerceu uma grande influência sobre seus alunos e onde ainda é estudada avidamente até hoje. No entanto, com o advento da Guerra Civil na Espanha, Landsberg transferiu-se para Paris onde fez cursos na Sorbonne sobre o significado da existência, momento em que ele tornou-se também intimamente envolvido com a revista «Esprit», na qual o seu pensamento foi muito influente. Nesta época aproximou-se do filósofo "personalista" Emmanuel Mounier, cujos temas eram semelhantes aos estudados em suas próprias obras. Discípulo de Max Scheler e seguidor de seu método fenomenológico, Landsberg como ele, era cristão.

Foi perseguido pela Gestapo durante um longo período de tempo. Em 1943 Landsberg foi expulso de Paris por ser de origem judaica. Ele foi transportado para o Trabalho forçado num campo de concentração em Camp Oranienburg, Berlim, onde morreu enfraquecido, em 1944.


Seu livro "Experiência da Morte - O problema moral e do Suicídio ” é uma das grandes obras da Filosofia do século XX. Sua investigação e análise são tão importantes como as de Martin Heidegger, em seu "Ser e Tempo ', apesar de há muitos anos subestimado.


Nesta obra, Landsberg se aproximando da psicologia de Stekel, ilustra o suicídio como uma fuga em que o homem tenta recuperar o paraíso perdido em vez de querer ganhar o céu, deseja o abismo, o retorno a mãe, e por isso uma regressão”. Seguindo estas ideias, o suicídio se apresenta como uma espécie de infantilidade. Ele define o suicídio como um sentimento de impotência, “o malogro dos outros meios, uma convergência das desgraças que destroem uma após outra as possibilidades de viver e também de lutar”.


Mounier, reconhecendo a importância do pensamento de Landesberg, coloca-o entre os galhos de sua árvore da filosofia existencialista. No Brasil temos a tradução de sua obra “O sentido da ação” lançada pela editora Paz e Terra.

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Encyclopédie sur la mort
MOUNIER, Emmanuel. Existentialist philosophies an introduction. London: Salisbury square London copyright, 1948.
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Jean Lacroix, Emmanuel Mounier e Jean-Marie Domenach

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