Quase toda a linha do pensamento filosófico moderno, tem como fundamento a representação do negativo. Depois de Kierkegaard, que se percebe angustiado, e, intuitivamente aponta o ser-humano como tal, um ser angustiado, os filósofos que o sucederam, só conseguem situar o homem em seu aspecto negativo, tanto que no existencialismo e na fenomenologia, duas grandes linhas modernas do pensamento, não se percebe o ser a partir deles mesmos, mas apenas a partir do que lhe falta ou do que lhe incomoda. Em Nieztsche, com o seu niilismo, o homem se situa quando rejeita e nega qualquer vontade não-sua, com este ato, se reafirmando na rejeição das coisas já postas, ele será um ser efetivo. Heidegger acreditou que o homem se situa na angústia, e como tal, quando se percebe, percebe-se como um ser angustiado. Sartre situa o homem, na falta de sentido existencial; já para Camus é o absurdo que rege a humanidade, e quando o homem o rejeita, com isso está negando sua própria condição humana. Até o pragmatismo, enfatiza o homem a partir do não ser, no caso, a partir de seus desejos, não em sua realidade à priori. Contudo, podemos perguntar: a razão do ser está apenas no negativo, na negação e rejeição, na angústia, na falta de sentido e no anseio? Será realmente que só nessas questões conseguimos situar o homem na existência?
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Creio que numa analise positiva do ser, podemos encontrar muito mais substância para esse ser, do que tratando as questões do não ser. Pode-se afirmar que a realidade é, portanto teremos conhecimentos mais apropriados do ser, se buscarmos sua identidade naquilo que ele é; ademais, se ele é, com certeza é um ser localizável na existência, não apenas na impossibilidade.
Creio que numa analise positiva do ser, podemos encontrar muito mais substância para esse ser, do que tratando as questões do não ser. Pode-se afirmar que a realidade é, portanto teremos conhecimentos mais apropriados do ser, se buscarmos sua identidade naquilo que ele é; ademais, se ele é, com certeza é um ser localizável na existência, não apenas na impossibilidade.
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Pensando positivamente a questão da existência, Mounier se preocupou em situar o homem. Fugindo da correnteza do pensamento negativo do ser, preocupou-se então, não em colocar o homem na encruzilhada de suas impossibilidades, de sua angustia, mas, pelo contrário, através da realidade pessoal do ser, ele demonstrou a capacidade do ser se situar a partir do que ele é, ou seja, de sua pessoalidade.
Pensando positivamente a questão da existência, Mounier se preocupou em situar o homem. Fugindo da correnteza do pensamento negativo do ser, preocupou-se então, não em colocar o homem na encruzilhada de suas impossibilidades, de sua angustia, mas, pelo contrário, através da realidade pessoal do ser, ele demonstrou a capacidade do ser se situar a partir do que ele é, ou seja, de sua pessoalidade.
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“E não sou um leve e soberano cogito no céu das idéias, mas este ser pesado cujo o peso só será dado por uma expressão pesada; eu sou um eu-aqui-agora; seria preciso sobrecarregar ainda mais e dizer um eu-aqui-agora-assim-entre estes homens com este passado. ( Emmanuel Mounier)
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Lailson Castanha
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