Uma crítica filosófica personalista ao problema da falta de concentração, da agressividade, e da falta de interesse pelo ensino entre os alunos da rede pública de ensino em escolas da periferia de São Paulo, e da ação do professor diante desse quadro.
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Oferecido ao amigo de lutas, André Luiz O. do Carmo - uma pessoa que ainda acredita na educação e efetivamente se envolve por ela.
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Oferecido ao amigo de lutas, André Luiz O. do Carmo - uma pessoa que ainda acredita na educação e efetivamente se envolve por ela.
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Problema. Por que o aluno da periferia de São Paulo da rede pública de ensino se mostra desconcentrado e desinteressado com o aprendizado e age agressivamente no ambiente escolar? O que fazer para mudar este quadro?
Problema. Por que o aluno da periferia de São Paulo da rede pública de ensino se mostra desconcentrado e desinteressado com o aprendizado e age agressivamente no ambiente escolar? O que fazer para mudar este quadro?
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Tese. O ser humano além de sensitivo, um “ser” que se utiliza de capacidades conferidas pela natureza, é também um ser racional. Sendo mais preciso, o ser humano é um ser livre. Ele possui o atributo do livre arbítrio, atributo esse que o faz livre para entrar em confronto com os próprios ditames de sua natureza. Com esses atributos vivenciados de forma plena, ele passa da condição de mero indivíduo, para a condição de pessoa humana. É no uso de seus atributos que ele vivencia efetivamente a sua condição e vocação de “pessoa humana”, antes disso está apenas na condição de individuo, ou seja, na condição menor do que a sua própria vocação e potencialidade.
Tese. O ser humano além de sensitivo, um “ser” que se utiliza de capacidades conferidas pela natureza, é também um ser racional. Sendo mais preciso, o ser humano é um ser livre. Ele possui o atributo do livre arbítrio, atributo esse que o faz livre para entrar em confronto com os próprios ditames de sua natureza. Com esses atributos vivenciados de forma plena, ele passa da condição de mero indivíduo, para a condição de pessoa humana. É no uso de seus atributos que ele vivencia efetivamente a sua condição e vocação de “pessoa humana”, antes disso está apenas na condição de individuo, ou seja, na condição menor do que a sua própria vocação e potencialidade.
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Tendo essas peculiaridades como formadora de seu Estado Maior, o ser humano, só pode ser encontrado, só pode ser atingido, quando são levados em consideração esses tais atributos dantes referidos – sem esse tratamento, encontramos apenas o sujeito.
É a falta do alcance do aluno como pessoa humana que os faz sentir-se não participante, não responsável do, e pelo ambiente escolar. Não sendo tratado com pessoalidade, como pessoa, o aluno não se sente identificado com a escola.
Tendo essas peculiaridades como formadora de seu Estado Maior, o ser humano, só pode ser encontrado, só pode ser atingido, quando são levados em consideração esses tais atributos dantes referidos – sem esse tratamento, encontramos apenas o sujeito.
É a falta do alcance do aluno como pessoa humana que os faz sentir-se não participante, não responsável do, e pelo ambiente escolar. Não sendo tratado com pessoalidade, como pessoa, o aluno não se sente identificado com a escola.
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O aluno pode se distanciar de sua pessoalidade? Pode estar em situação desagradável em casa e estar bem na escola? Sendo aviltado pelos pais ou responsável, pode se sentir orgulhoso na escola? Podemos separar homem físico de homem espiritual?
O aluno pode se distanciar de sua pessoalidade? Pode estar em situação desagradável em casa e estar bem na escola? Sendo aviltado pelos pais ou responsável, pode se sentir orgulhoso na escola? Podemos separar homem físico de homem espiritual?
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Essas indagações nos levam os dois caminhos. Ou admitimos a dualidade e ambiguidade na formação do ser humano, ou partimos para o pressuposto que interioridade e exterioridade são aspectos de uma só substância ou no caso do ser humano, de um só indivíduo.
Nosso estudo corrobora a tese de que interioridade e exterioridade são aspectos de uma só substância (de um só indivíduo).
Essas indagações nos levam os dois caminhos. Ou admitimos a dualidade e ambiguidade na formação do ser humano, ou partimos para o pressuposto que interioridade e exterioridade são aspectos de uma só substância ou no caso do ser humano, de um só indivíduo.
Nosso estudo corrobora a tese de que interioridade e exterioridade são aspectos de uma só substância (de um só indivíduo).
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Distanciamo-nos da filosofia platônica no que se refere a distinção entre mundo das ideias e mundo da aparência, cremos que a aparência mostra-nos um dos aspectos de uma realidade mais ampla, neste sentido, cremos que assim como não podemos separar o homem essencial do homem aparente, porque a sua aparência de alguma forma revela traços de sua essência, não se pode separar um garoto com problemas em sua residência, em seus relacionamentos e na sociedade, do aluno na sala de aula. O aluno que fora da escola está envolvido num emaranhado de problemas, por conseguinte é um aluno problemático, porque ele, mesmo estudando continua sendo o que é, continua absorvido pelos problemas. O epíteto de "aluno" que lhe foi conferido, não lhe distancia efetivamente dos problemas existenciais que ele vivencia.
Distanciamo-nos da filosofia platônica no que se refere a distinção entre mundo das ideias e mundo da aparência, cremos que a aparência mostra-nos um dos aspectos de uma realidade mais ampla, neste sentido, cremos que assim como não podemos separar o homem essencial do homem aparente, porque a sua aparência de alguma forma revela traços de sua essência, não se pode separar um garoto com problemas em sua residência, em seus relacionamentos e na sociedade, do aluno na sala de aula. O aluno que fora da escola está envolvido num emaranhado de problemas, por conseguinte é um aluno problemático, porque ele, mesmo estudando continua sendo o que é, continua absorvido pelos problemas. O epíteto de "aluno" que lhe foi conferido, não lhe distancia efetivamente dos problemas existenciais que ele vivencia.
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Como professores, equivocadamente, tratamos o aluno coletivamente, ou seja, tratamos alunos e não pessoas. Indivíduos no meio de uma classe, indivíduos da classe dos estudantes. O problema é que a classe que o representa não destaca sua pessoa, apenas a sua identidade funcional, um alguém em um determinado meio.
Como professores, equivocadamente, tratamos o aluno coletivamente, ou seja, tratamos alunos e não pessoas. Indivíduos no meio de uma classe, indivíduos da classe dos estudantes. O problema é que a classe que o representa não destaca sua pessoa, apenas a sua identidade funcional, um alguém em um determinado meio.
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Cremos que toda pessoa deseja ser percebida em sua pessoalidade. Quando tratamos indivíduo que frequenta a sala de aula apenas como aluno, ignorando a sua pessoalidade, automaticamente ignoramos a sua pessoa.
Cremos que toda pessoa deseja ser percebida em sua pessoalidade. Quando tratamos indivíduo que frequenta a sala de aula apenas como aluno, ignorando a sua pessoalidade, automaticamente ignoramos a sua pessoa.
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Quando tratamos o aluno como pessoa, ele será incitado a mostrar e destacar a sua pessoalidade. Através dessa abertura, o professor terá a oportunidade de entender o que se passa com o aluno, porque, a partir do momento em que ele destaca sua pessoalidade, passa a destacar o que é realmente, começa a desmascarar as personagens que ostenta na escola e na sala de aula. Começa a derrubar as máscaras que até então ele apresentava ao professor e com isso o professor passará a entender o que leva o seu aluno a agir de tal e tal forma.
Quando tratamos o aluno como pessoa, ele será incitado a mostrar e destacar a sua pessoalidade. Através dessa abertura, o professor terá a oportunidade de entender o que se passa com o aluno, porque, a partir do momento em que ele destaca sua pessoalidade, passa a destacar o que é realmente, começa a desmascarar as personagens que ostenta na escola e na sala de aula. Começa a derrubar as máscaras que até então ele apresentava ao professor e com isso o professor passará a entender o que leva o seu aluno a agir de tal e tal forma.
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O problema dos alunos da rede pública de ensino, nas escolas da periferia de São Paulo, em sua maioria, tem raízes familiar ou social. Geralmente é num ambiente familiar ou social doentio que começa a crise de identidade do aluno, o desinteresse por valores éticos, pela educação e cultura. Se no lar ou na ambiência social-coletiva do aluno os valores éticos a educação e a cultura não são enfatizadas, dificilmente ele vai valorizar-las. Como na maioria dos lares e dos ambientes em que nossos alunos transitam esse problema é vivenciado, consequentemente os alunos são afetados por ele, destarte o problema que percebemos na escola é um reflexo do que acontece nos larese na sociedade em que ele está inserido. Com o professor ciente das deficiências estruturais do aluno, deverá tratá-lo de forma adequado a sua situação.
O problema dos alunos da rede pública de ensino, nas escolas da periferia de São Paulo, em sua maioria, tem raízes familiar ou social. Geralmente é num ambiente familiar ou social doentio que começa a crise de identidade do aluno, o desinteresse por valores éticos, pela educação e cultura. Se no lar ou na ambiência social-coletiva do aluno os valores éticos a educação e a cultura não são enfatizadas, dificilmente ele vai valorizar-las. Como na maioria dos lares e dos ambientes em que nossos alunos transitam esse problema é vivenciado, consequentemente os alunos são afetados por ele, destarte o problema que percebemos na escola é um reflexo do que acontece nos larese na sociedade em que ele está inserido. Com o professor ciente das deficiências estruturais do aluno, deverá tratá-lo de forma adequado a sua situação.
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Conclusão.
Conclusão.
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Falta de concentração, agressividade, falta de interesse pelo conhecimento, são fenômenos que apontam para uma base irregular – a família desestruturada/sociedade desestruturada.
Nada acontece por acaso, como bem enfatizou Aristóteles tudo o que acontece tem uma relação de causalidade (causa e efeito). Problemas e crises que acontecem pessoas não fogem desta regra, portanto, os alunos também estão inclusos nesta regra.
Falta de concentração, agressividade, falta de interesse pelo conhecimento, são fenômenos que apontam para uma base irregular – a família desestruturada/sociedade desestruturada.
Nada acontece por acaso, como bem enfatizou Aristóteles tudo o que acontece tem uma relação de causalidade (causa e efeito). Problemas e crises que acontecem pessoas não fogem desta regra, portanto, os alunos também estão inclusos nesta regra.
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Sabendo disto, o professor deve atentar para este fato, para, quando se deparar um aluno problemático, tentar extrair dele um pouco de sua pessoalidade e com isso apurar o que provocou neste os desarranjos comportamentais.
Sabendo disto, o professor deve atentar para este fato, para, quando se deparar um aluno problemático, tentar extrair dele um pouco de sua pessoalidade e com isso apurar o que provocou neste os desarranjos comportamentais.
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Conhecendo o aluno com mais propriedade, o professor poderá tratá-lo mais adequadamente, possibilitando uma possível reversão no seu quadro comportamental.
Conhecendo o aluno com mais propriedade, o professor poderá tratá-lo mais adequadamente, possibilitando uma possível reversão no seu quadro comportamental.
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Lailson Castanha
Lailson Castanha
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